quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de Dezembro de 2009

economês
Parte ontem parte já hoje assisti ao programa ‘Prós e Contras’ da TV1 conduzido pela Fátima C. Ferreira - constante interruptora dos participantes: Jacinto Nunes, J. César das Neves, João Salgueiro, A.Carrapatoso, A. Mateus e A. Patrício Gouveia. Ao comentá-lo o meu Amigo e brilhante economista Rui Fonseca, no seu blog “Aliás”, conta uma graça lapidar: ‘Um dia, o António, já farto de ouvir e não perceber o Emídio, disse-lhe: Ó Emídio, importas-te de explicar isso de forma que tu percebas?’. Que grande saída!

Ignorante como sou destas esquisitas (e confusas) economias, mas sequioso de andar informado, assisti pacientemente a todo o debate. E digo pacientemente porque, páginas tantas, parecia-me mais que estavam a serrar presunto do que a sugerir soluções para a crise, sendo o reconhecimento desta o único ponto em que todos convinham.
Uma pobreza de debate entre gente tão ilustre e sabedora. A anedota do Rui fez-me lembrar uma cena na minha transmontana aldeia onde havia dois falares: o normal, do povo e o falar 'fino', da cidade.
Perorava eu 'fino', convencido jovem estudante, sobre já não sei que banalidades, quando o meu tio Jaquim Zé, quase analfabeto mas inteligente, me interrompe: 'ó rapaze fala que t'intenda'). Eu lá entender entendi-os só que fiquei como o brasileiro que sentenciou: 'falou mas não disse'.Vá lá que houve momentos de humor como aquele em que o João Salgueiro propõe que a solução pode estar em saturar os telemóveis de SMS. Palavra que, esquecendo o incómodo que podia causar ao descanso dos vizinhos, não contive estrondosa gargalhada.
Em tempos era costume, nas missas, rezar pelos nossos governantes: 'que Deus os ajude'. Agora apetece-me implorar 'que deus lhes perdõe'.Para não me agitar no sono fui retemperar-me na (re)leitura de belos trechos da "República" de Platão.

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