domingo, 9 de janeiro de 2011

«uma campanha pateta»

Anda tudo muito eriçado com as eleições presidenciais por causa das ligações do Cavaco ao BPN e do Alegre ao BPP. O meu Amigo Rui Fonseca, no seu excelente blog - «Aliás» - criticou-me por eu me ter indignado com a infeliz acusação da deputada Teresa Caeiro ao Alegre por ter escrito um texto de publicidade ao BPP. Respondi-lhe, amavelmente:
1-«Se a delação ... é criticável, então nunca conheceriam os votantes
os candidatos. Ora as campanhas eleitorais fazem-se também para sabermos quem são e o que têm feito na vida».Aproveito: em tempos vi com os meus olhos, no pequeno relvado frente à capelinha do Restelo, o então Sr.Manuel Alegre na marmelada com uma Senhora. Como poderia não ser a legítima esposa não será despropositado acusá-lo, embora tardiamente, de ofensa à moral pública, imprópria de um futuro candidato a PR.Vamos à delação agora!
2-«Manuel Alegre escreveu um texto claramente publicitário ainda que ele invoque que é literário. Não é».É (pode ser) digo eu. Quem define o carácter literário não é o conteúdo mas a forma.Os sonetos pornográficos de Bocage são literatura (da boa,digo-to eu). O slogan de Alexandre O'Neill «há mar e mar, há ir e voltar» teve uma finalidade publicitára.
3-«É ilegal? Parece que não, ainda que há [quem] levante a questão de
o ter feito quando era deputado e haver incompatibilidade». Quem a levanta deve é deitar-se (e dormir, se a consciência não o incomodar). Só faltava que um Deputado não pudesse escrever.A Natália Correia, então, fez pior quando em plena sessão da AR escreveu um epigrama dirigido ao deputado João Morgado:
«Já que o coito,diz Morgado
Tem como fim cristalino
Preciso e imaculado
Fazer menina ou menino;
E cada vez que o varão
Sexual petisco manduca
Temos na procriação
Prova de que houve truca-truca,
Sendo pai de um só rebento
Lógica é a conclusão
De que o viril instrumento
Só usou para razão
Uma vez!
E se a função faz o homem,
Diz o ditado,
Consumada esse exceção
Ficou capado o Morgado».
Quão nefasto seria perdermos esta preciosidade se ao Deputado fosse proibido escrever!
3-«Não discuto a eventual ilegalidade mas discuto a responsabilidade dele, enquanto homem público ter muito provavelmente induzido algumas pessoas a tornarem-se clientes do banco». Então,caro Rui,era criticável angariar clientes (ou ser cliente) do BPP na altura do seu lançamento? Algum Banco quando criado tem como finalidade a vigarice?
Anda tudo muito eriçado com as eleições presidenciais por causa das ligações do Cavaco ao BPN e do Alegre ao BPP. O meu Amigo Rui Fonseca, no seu excelente blog - «Aliás» - criticou-me por eu me ter indignado com a infeliz acusação da deputada Teresa Caeiro ao Alegre por este ter escrito um texto de publicidade ao BPP. Respondi-lhe, amavelmente:
1-«Se a delação ... é criticável, então nunca conheceriam os votantes
os candidatos. Ora as campanhas eleitorais fazem-se também para sabermos quem são e o que têm feito na vida».Aproveito: em tempos vi com os meus olhos, no pequeno relvado frente à capelinha do Restelo, o então Sr.Manuel Alegre na marmelada com uma Senhora. Como poderia não ser a legítima esposa não será despropositado acusá-lo, embora tardiamente, de ofensa à moral pública, imprópria de um futuro candidato a PR.Vamos à delação agora!
2-«Manuel Alegre escreveu um texto claramente publicitário ainda que ele invoque que é literário. Não é».É (pode ser) digo eu. Quem define o carácter literário não é o conteúdo mas a forma.Os sonetos pornográficos de Bocage são literatura (da boa,digo-to eu). O slogan de Alexandre O'Neill «há mar e mar, há ir e voltar» teve uma finalidade publicitára.
3-«É ilegal? Parece que não, ainda que há [quem] levante a questão de
o ter feito quando era deputado e haver incompatibilidade». Quem a levanta deve é deitar-se (e dormir, se a consciência não o incomodar). Só faltava que um Deputado não pudesse escrever.A Natália Correia, então, fez pior quando em plena sessão da AR escreveu um epigrama dirigido ao deputado João Morgado:
«Já que o coito,diz Morgado
Tem como fim cristalino
Preciso e imaculado
Fazer menina ou menino;
E cada vez que o varão
Sexual petisco manduca
Temos na procriação
Prova de que houve truca-truca,
Sendo pai de um só rebento
Lógica é a conclusão
De que o viril instrumento
Só usou para razão
Uma vez!
E se a função faz o homem,
Diz o ditado,
Consumada esse exceção
Ficou capado o Morgado».
Quão nefasto seria perdermos esta preciosidade se ao Deputado fosse proibido escrever!
3-«Não discuto a eventual ilegalidade mas discuto a responsabilidade dele, enquanto homem público ter muito provavelmente induzido algumas pessoas a tornarem-se clientes do banco». Então,caro Rui,era criticável angariar clientes (ou ser cliente) do BPP na altura do seu lançamento? Algum Banco quando criado tem como finalidade a vigarice?

Nobrezas

A propósito de descendentes com sangue azul (na guelra) a ‘Sábado’ (nº 348) conta a estória de um tal conde de Mafra, D.Tomás de Melo Breyner, bisavô do Miguel de Sousa Tavares (que aliás não faz gala da nobre ascendência) que, sendo director de serviço no Hospital de S. José, questionado sobre o que fazer aos estudantes de medicina que reiteradamente apalpavam as enfermeiras respondeu: «Não vejo o que se possa fazer para resolver o problema, enquanto os estudantes tiverem mãos e as enfermeiras tiverem rabo».Viveu entre 1866 e 1933 pois se vivesse nos dias de hoje teria respondido: não vejo o que se possa fazer para resolver o problema, enquanto os estudantes quiserem apalpar o rabo e as enfermeiras quiserem ser apalpadas. Coisas dos tempos!