domingo, 11 de abril de 2010

A ternura dos sessenta

No dia 7 de Abril todos os anos há anos. Os deste ano foram assim:

Já é grandinha a menina;

Cresceu como que sem dar por ela,
É grande, foi pequenina.

Um a um lá vão passando…
A vida faz-se sonhando
Como quem pinta uma tela.

Muitos? Poucos?... Que interessa?
Cada ano um hino à vida,
Com emoção bem sentida
Que o passado não regressa.

Juntos já alguns passámos
(Dezoito, sem parecer).
Talvez que tantos não contem
Porque, quase sem querer,
Parece que ainda foi ontem.

Muitos voltes a fazer
Tais os que já celebrámos!
E que todos venham a ser
Como os que para trás ficaram
Que foram mas não passaram,
Pois recordar é viver.

Que a ternura dos 40
Pode estar sempre a florir
Sabêmo-lo nós de certeza...
Mas toda a idade é beleza,
Porque temos de convir
Há muito p’ra descobrir
Na ternura dos 60.