segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Sonho de Natal
Eu tive um sonho…
Sonhei
Que andava pelo Universo…
Andava a apanhar estrelas;
Eram belas, eram belas…
Eu estava deslumbrado
Por poder brincar com elas;
São todas minhas, pensei.
Sonhei que estava acordado.
Como era lindo o meu sonho
De brincar com as estrelas!
São tantas…que vou fazer delas?
Já sei:
Levá-las p’rá minha terra,
Onde ficarão, suponho,
Maravilhados ao vê-las.
Eis senão quando uma estrela,
A mais bela,
Fugiu por - disse-me ela -
Vir perder a liberdade;
Talvez dissesse a verdade
Pois, sorrindo para mim,
(Lá vai ela…)
Ao fugir dizia assim:
«Vou fazer o meu Natal
Num mundo maravilhoso
Onde é sempre nascimento;
Não há guerras, tudo é paz,
O poder não é um mal
Nem existe o odioso;
Não há dor nem sofrimento,
Violência não se faz;
Lá ninguém é invencível,
A inveja é desprezível
E injustiças nem vê-las;
Não há grandes nem pequenos,
Brancos, pretos ou morenos
Porque todos são estrelas».
(Mas que mundo fabuloso
Pensei eu cá para mim).
Não vás, estrela fagueira,
Fica comigo a sonhar,
Não queiras ser altaneira;
Mas a estrela não ficou,
E o meu sonho acabou.
Foi triste o meu acordar.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
SABOR
Livre e despoluido o rio Sabor? Já foi...já foi. Estou com os autarcas.
Margens selvagens, pose verdadeira;
No açude da Barca adorna-te o moinho,
À distância contempla-te o azevinho,
Das encostas namora-te a oliveira.
Tuas águas, no Inverno em cachoeira,
São calmas no Verão, p’ra curar linho;
Do teu povo recebes respeito e carinho,
Com recortes vistosos debruas a ladeira.
Sempre foste para nós motivo de vaidade;
E quando te esperam mudanças importantes,
Já te olhamos com imensa saudade.
Talvez não sejam mudanças alarmantes,
Continuarás a envelhecer sem ter idade,
Mas não serás mais como eras dantes.
Margens selvagens, pose verdadeira;
No açude da Barca adorna-te o moinho,
À distância contempla-te o azevinho,
Das encostas namora-te a oliveira.
Tuas águas, no Inverno em cachoeira,
São calmas no Verão, p’ra curar linho;
Do teu povo recebes respeito e carinho,
Com recortes vistosos debruas a ladeira.
Sempre foste para nós motivo de vaidade;
E quando te esperam mudanças importantes,
Já te olhamos com imensa saudade.
Talvez não sejam mudanças alarmantes,
Continuarás a envelhecer sem ter idade,
Mas não serás mais como eras dantes.
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