quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

«A troca»

domingo, 8 de Março de 2009

A propósito dos que chama ‘críticos profissionais’ o Zé Magalhães colocou no seu Xeringador uma entrada ineressante («quem quer ser otário») sobre o filme mais premeado este ano pela Academia: «Quem quer ser bilionário». A questão da crítica da obra de arte é, em si, complexa e há poucos critérios objectivos (se é que há alguns) para definir o conceito de Belo. Finalmente, haverá sempre um apelo à sensibilidade subjectiva, se bem que esta também possa ser orientada (mais do que educada). Acabo de ver «A troca». É um thriller realizado por Clint Eastwood a partir de um facto real narrado pelo argumentista Michael Straczynski. A história gira à volta de uma mãe, Christine Collins (Angelina Jolie), que reza fervorosamente para que o seu filho Walter (Gattlin Griffith), sequestrado numa manhã de sábado, volte para casa. Saí do filme e disse para a Margarida: um filme tremendo, que dá que pensar sobre a condição humana e sobre as condicionantes sócio-políticas à liberdade individual. As pressões exercidas por métodos de tortura psicológica são arrepiantes e põem em causa as margens de liberdade do indivíduo mesmo em contexto social de paz. Apesar de nomeado não recebeu qualquer globo dos ‘críticos profissionais’.Vamos, então, ancorar-nos nas opiniões do ‘cidadão comum’? Fui ver os comentários na internet e respiguei:« Um olhar sobre o mundo. Tem vários fins.Uma obra prima sem dúvida. Outra coisa não era de esperar do Clint Eastwood.[ Maria Horta]. «Um filme espectacular, bela interpretação da Angelina Jolie. Aconselho»! 5***** Adorei [Ana]. «Excelente interpretação de Angelina Jolie graças à agilidade do inspector. De notar o pouco realismo face aos sacrificios e à resistencia humana. Um filme previsível mas que merece o nosso contributo.» [Vera Ismai]. «Para quem não é muito apreciador de dramas, mais vale ficar em casa. Eu saí a meio do filme. Gostos não se discutem» [Milton]. «Não vale nadinha o filme!... Filme de gajas....Não percam tempo com isto......».[Delmar Nobre]. Conclusão: se calhar razão tinha Pirandello ao escrever a peça «Para cada um sua verdade».

1 comentário:

CKT disse...

O meu nome é citado neste blogue sem o meu consentimento e relativo a um comentário que jamais proferi. Não sendo de minha autoria, agradeço que o retire atempadamente se faz favor. Cordiais cumprimentos, Delmar Nobre