quarta-feira, 8 de julho de 2009

Três acontecimentos recentes levaram-me a pensar se o mundo estará perigoso ou se eu não irei com ele:
-os touros de Pamplona estão uns covardes estraga-festas; tanta pompa e circunstância para obter 4 inofensivas cornadas que fizeram os hospitais entrar de folga;
-33 minutos foi o tempo dedicado pela RTP no seu noticiário mais visto à apresentação do Cristão (à portuguesa)Reinaldo. Qual o critério jornalístico pergunto-me eu. Para os que gostam de futebol (eu gosto) só interessa ver o rapaz a jogar. Para os que gostam de boas palestras devem estar satisfeitos com a oratória brilhante do Florentino ou ter desmaiado com o emplogante improviso do homenageado. Ainda se ao menos a TV nos tivesse mostrado umas espanholas altas, morenas, daquelas que, como dizia o meu amigo, um homem salta-lhes para cima e elas "olé"...
-Sobre o(s) triste(s)espectáculo(s)televisivo(s) da vida e morte do inenarrável americano Miguel o melhor é estar calado. Ainda se ao menos nos presenteassem com a verdade sobre alguns mitos que fomentaram (se foi abusado pelo pai, se fez plásticas à cor, se foi pai dos filhos, se foi pedófilo, se morreu de overdose, se...). Só penso no modelo que as televisões apresentaram aos nossos jovens para sua orientação. Mas enfim, evoco a sabedoria da minha avó analfabeta: este mundo está perdido.

3 comentários:

Tété disse...

Olá, olá!
Não tem aparecido em minha casa. Olhe que lá tem o reflexo de um pouco do saudosismo de outros anos, daquelas décadas onde outros tempos, outras vontades, outros estares que não a "bandalheira" a que vamos chegando encantavam jovens gerações (como eu, nesssa altura)que relacionavam as músicas da época com as paixonetas vividas.
Por agora limito-me a concordar com a sua avó, até porque na TV continuam sempre bem actualizadas as informações referente à corrupção,à gripe A, ao Ronaldo, ao Michael Jackson - não há .. que aguente...

Valha-nos estas modernices para podermos contactar e desabafar; fiquemos com a esperança de melhores dias, de justiça e altruísmo, para podermos deixar aos nossos netos. Mas também há uma coisa que não podemos esquecer: preocupamo-nos em deixar um mundo melhor para os nossos descendentes mas também temos obrigação de criar melhores descendentes para o mundo.
Grande abraço

aix disse...

Tété, não é verdade que não tenha aparecido em sua casa(bloguística).
Quase todos os dias a visito e vejo, com espanto,que a última entrada data de 11 de Março. O que se passará, já me perguntei.Como amanhã vou almoçar com o nosso Amigo Rui, conte com o meu telefonema a contar-lhe(e a perguntar-lhe)coisas.Para já gostei muito do seu coment.Abç

Zé Ruela disse...

Aix, que texto com piada!
Gostei da forma e concordo com o conteúdo, tens que escrever mais.
Um abraço.